Quando posso esta tarde,
Quando queres é porque arde.
Oh, chama! Flameja minha insana busca
Altruísta de inspiração única.
Mas também de medos,
Apegos e receios.
Quando choro é porque creio,
Estar vivo onde a vida já não habita mais.
Difícil é perder a vontade de querer
E ser aquele que faz.
Ativo, ouvindo.
Passivo, refletindo.
Abro caminho, destruo cadeados:
Sou aquele mesmo moleque dos pés descalços.
Aquele que caiu e levantou;
Que perdeu e reconquistou;
Que teve medo e se encorajou;
Que viu em meio ao ódio um caminho até o amor.
Não sou doutor, não sou poeta.
Não sou artista, não sou profeta.
Sou apenas aquele que tenta e erra,
Aquele em que a mira se eleva.
Cada vez mais alto.
Cada vez mais longe.
Cada vez mais perto
Do meu tão sonhado onde.
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